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Defesa de Tese de Doutorado de João Ricardo Bispo Jesus - PERFORMANCE EM LÍNGUA DE SINAIS: CRIAÇÃO, FORÇA E A POLÍTICA DO CORPO SURDO

Os surdos têm construído, ao longo dos anos, a representatividade da comunidade visual através das performances em língua sinais, por meio das quais é possível ver a marca da diferença no movimento de seus corpos. Essas performances em língua de sinais, escritas no corpo surdo, evidenciam a expansão da arte, ou seja, testemunha-se o corpo, entendido comumente como deficiente, exibindo no limite a sua diferença. As performances em língua de sinais apresentam discursos periféricos que através da arte ganham um novo espaço de reflexão, como também mostram uma estética singular e compartilham as singularidades da cultura surda. Consequentemente, o trabalho busca compreender a performance em língua de sinais de autoria surda indagando: o quanto pode o corpo surdo? Essa pesquisa objetiva refletir sobre a mudança de paradigma do corpo estigmatizado como deficiente para o corpo que vive a diferença e rompe os limites hegemônicos através das performances em língua de sinais que acontecem no Slam, por exemplo, e analisar os temas e discursos que são instaurados nesses eventos artísticos organizados por surdos. Tem-se o propósito de apresentar uma genealogia da surdez mostrando como os surdos foram concebidos em diversas sociedades durante a história e, assim, identificar as performances surdas de sobrevivência às opressões de grupos hegemônicos. A análise dessa produção cultural de autoria surda conversa com conceitos dos estudos da performance, sobre o corpo diferenciado, o inespecífico e a escrita performática, bem como corpo e política. O trabalho analisa as produções surdas em língua de sinais que utilizam o gênero poema para apresentar discursos próprios da comunidade surda e outros temas que atravessam a cultura visual. As performances em língua de sinais, nesses corpos diferenciados, evidenciam o discurso contemporâneo de uma comunidade que aprendeu a fazer da imposição do limite, da deficiência a sua zona de criação e resistência. Esse corpo diferenciado, colocado em outra questão, abala a ideia de que a literatura só pode ocorrer pela língua oral e serve como suporte para apresentar discursos que exibem os artefatos da cultura visual. As discussões e análises se dão em diálogo com as teorias de Renato Cohen (2002), que apresentam discussões sobre performance como linguagem; Felipe Monteiro (2019) sobre corpos diferenciados; Florencia Garramuño (2014) acerca do campo expandido das artes; Christinne Greiner (2010) que questiona os limites do corpo e o seu estado de crise(s); Paul Zumthor (2010) que, ao tematizar performance, recepção e leitura, localiza a responsabilidade que o autor da performance assume diante do público; Rachel Spence & Ronice Quadros (2006) que apresentam os discursos surdos nas poesias em língua de sinais. O trabalho busca compreender que os corpos diferenciados em performance(s) instauram discursos de resistência(s) e são movimentos políticos da cultura surda.

 

Link para participação: https://meet.google.com/qaw-ucrv-ifg

Data da Defesa: 
segunda-feira, 16 Junho, 2025 - 14:00